GREAT HITS LIST

Boas !!!

O GREAT HITS LIST foi criado para pessoas que gostam das boas musicas e grandes Hits.

Criado pelo MISTER que comanda o FILE DO SOM,o Great Hits List surgiu com a idéia de reunir as maiores seleções musicais de todos os tempos em um só local.

Listas como as 500 musicas da Revista Roling Stone, os mais importantes Lps e Cds da Musica Brasileira, as 500 mais da Country Music Television, as 100 Maiores Musicas Romanticas e por vai.

Num mesmo endereço, varios GREAT HITS LIST, essa é nossa proposta !!!

Se você tem um sugestão ou crítica mande um e-mail no link ao lado em "Contato"

Vamos as Musicas !!!

Mister Music

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

100 Maiores Músicas Brasileira - Vol.08



71 – Lulu Santos – Como Uma Onda no Mar

A parceria de lulu Santos e Nelson Motta se eternizou como uma das mais famosas da música brasileira recente. A pérola dessa contribuição mútua, mais do que uma mera reflexão sobre as contradições da juventude - entre excessos da boemia, delírios de grandeza e o escapismo através da natureza -, é pura e somente a prova do indiscutível domínio de Lulu na arte de criar o pop perfeito.


72 – Guita - Raul Seixas

Não foi exatamente o primeiro sucesso popular de Raul Seixas, que já era conhecido por "Ouro de Tolo e outras, mas foi a letra de "Gita" (1974) a mais mística e contundente que o mago Paulo Coelho fez até então. A canção é baseada no Bhagavad-Gitã, parte do Mahabarata, a bíblia da religião hindu de Krishna. Os versos são inspirados no texto em que o guerreiro Arjuna interroga Krishna sobre o seu real significado.


73 – Wave – Tom Jobim

Lançado em 1967, o álbum Wave trouxe dez temas instrumentais. Em 1969, Tom Jobim se juntou a Frank Sinatra para uma nova sessão de gravações e "Wave" foi uma das escolhidas. O próprio Tom providenciou a letra em inglês. O próximo passo foi a música ganhar letra em português. O interessante é que Jobim resolveu não verter o título original. Por isso ela também é conhecida como "Vou Te Contar", a frase que abre a versão em nossa língua.


74 – Sentado à Beira do Caminho – Erasmo Carlos

A canção apareceu primeiro em compacto simples, em 1969. Ao ser incluída no último disco de Erasmo Carlos para a RGE, "Sentado à Beira do Caminho" tornou-se um hit nacional. A letra traz a desilusão amorosa irreversível. A inspiração da melodia e do clima da música veio de "Honey", do americano Bobby Goldsboro, lançada um ano antes.


75 – Foi um Rio Que Passou em Minha Vida – Paulinho da Viola

Essa música é a história da paixão pela Portela e uma resposta que Paulinho dá a ele mesmo, quando, por alguma desilusão, andou arrastando asas para a Mangueira, com "Sei lá Mangueira" (1969), em parceria com Hermínio Belo de Carvalho. "Foi um Rio Que Passou em Minha Vida" foi uma oportunidade de reatar com o antigo amor e se transformou no maior sucesso de todo o seu cancioneiro.

76 – Samba de Verão – Marcos Valle

Valle lançou a canção em 1965. No ano seguinte, tornou-se um grande hit pelas mãos de Walter Wanderley, organista brasileiro radicado nos Estados Unidos, em uma versão instrumental chamada "Summer Samba". Logo ganhou versão em inglês, só que com o título "So Nice". "Samba de Verão" abriu as portas do mercado internacional para Marcos Valle e até hoje é seu cartão de visitas.


77 – Insensatez – Tom Jobim

Neste clássico, cada intérprete consegue conferir um novo significado aos seus versos e melodia. A música funciona com João Gilberto, Nara Leão, Elis Regina, Fernanda Takai, Frank Sinatra e outros. O fato é que "Insensatez" não cansa. Ligeiramente melancólica, ela propagou uma verdade incontestável: "Quem nunca amou não merece ser amado".


78 – Cálice – Chico Buarque

A explosiva "cálice" se tornou famosa pela polêmica que causou em sua primeira apresentação ao público, no Phono 73, no Anhembi, em São Paulo. Quando os autores entraram para cantá-la, em plena ditadura, o som dos microfones foi cortado. Somente cinco anos depois, em 1978, próximo à abertura política, é que a música foi liberada e gravada por Maria Bethânia e Chico e Milton Nascimento.


79 – Maria Fumaça – Banda Black Rio

A marca registrada da Banda Black Rio serviu como abertura para a novela Locomotivas e cumpriu a difícil missão de colocar uma música instrumental nas paradas. Dá nome ao primeiro álbum do grupo, de 1977, e mostra a especialidade da banda: a mistura de samba, forró, funk, jazz e disco. Não é difícil achar quem já acompanhou os ataques da metaleira de "Maria Fumaça" com "parapás" e afins.


80 – Vapor Barato – Gal Costa

Uma das primeiras composições de Macalé com Waly Salomão foi "Vapor Barato", desencanto da ressaca pós-68, estreada por Gal Costa no show e álbum Fa-Tal, em 1971. Ao mesmo tempo perfeitamente hippie e atemporal, a música tinha caído no esquecimento até o cineasta Walter Salles resgatá-la na trilha de Terra Estrangeira, e provocar um novo boom de regravações.





sexta-feira, 4 de junho de 2010

100 Maiores Músicas Brasileira - Vol.09






81 - Que País é Este? - Legião Urbana

Apesar da volta da democracia nos anos 80, o país não conseguia se livrar da alta inflação que corroía o salário do trabalhador e de uma prática enraizada em todos os escalões do governo: a corrupção. Era o cenário perfeito para Renato Russo resgatar de seus cadernos "Que País É Este?", música feita ainda sob os últimos suspiros da ditadura para o seu raivoso Aborto Elétrico. Sua atemporalidade é garantida com a mania nacional de fabricar escândalos políticos

82 - Sossego - Tim Maia

O potencial rítmico das palavras que Tim Maia escolhia sempre era levado em conta, tornando o teor contagiante de suas músicas ainda maior. "Sossego" (1978) é um desses exemplos categóricos, em uma obra repleta de irresistíveis convites à dança. A letra não enrola e o arranjo é minimalista, com baixo sólido, intervenções certeiras dos metais e a potente voz de Tim Maia pontuando tudo.

83 - Cazuza - Ideologia

Cazuza já se encontrava doente quando escreveu sua grande ode ao inconformismo. Carro-chefe do álbum homônimo, a faixa se tornou um dos hinos compostos pelo poeta em seus últimos dois anos de vida, uma fase prolífica e das mais criativas. Com traços autobiográficos, a letra soa como um lamento - "O meu prazer agora é risco de vida/Meu sex and drugs não tem nenhum rock'n' roll" -, porém sem jamais esboçar arrependimento.


84 - Rosa - Orlando Silva

Enquanto o mundo fervia em guerras no ano de 1917, deste lado de cá do planeta, Pixinguinha, com 19 anos, registrava nos estúdios da Odeon suas primeiras composições, entre as quais a valsa "Rosa", que deveria se chamar "Evocação". "Rosa" chegou a ficar conhecida como instrumental e depois ganhou letra de Otávio de Souza. Virou clássico com a gravação no ritmo de valsa-canção de Orlando Silva em 1937.


85 - O Barquinho - Maysa

Menescal, Bôscoli, Nara Leão e outros estavam num barco de pesca que enguiçou no meio do mar. O condutor tentava em vão fazer o motor funcionar e o som da manivela ficou na cabeça de Menescal. Eles foram salvos por uma traineira, mas o barulho do equipamento inspirou os autores a transformar a quase tragédia num "dia de luz, festa de sol". Muito regravada, foi hit com Maysa em 1961.

86 - Nervos de Aço - Paulinho da Viola

Lupicínio é até hoje um dos compositores mais viscerais da música brasileira, o oposto do romantismo "bunda-mole" que invade nosso cancioneiro. O gaúcho era de enfiar o pé na lama da desilusão e se expor sem restrições ou truques. "Nervos de Aço" foi gravada originalmente em 1947 por Francisco Alves, mas foi recriada mais tarde, magistralmente, por Paulinho da Viola.


87 - Meu Mundo e Nada Mais - Guilherme Arantes


Presente no primeiro disco solo de Guilherme Arantes, lançado em 1976, essa canção é uma aula de como um artista brasileiro pode se valer de influências estrangeiras tão distintas, como rock progressivo. A melodia e a letra triste mostram a grande capacidade de Guilherme como compositor. Seu registro original ainda é a melhor versão dessa belíssima canção.


88 - Sá Marina - Wilson Simonal Um daqueles casos curiosos no qual o lado B de um compacto acaba se destacando mais do que o A (no caso, "De como um Rapaz Apaixonado Perdoou por Causa de Um dos Mandamentos"). O brilho da canção também pode ser notado nas versões de Sergio Mendes & Brasil '66 e Stevie Wonder, ambas lançadas como "Pretty World" - mas respeitando o arranjo de César Mariano para Simonal.

89 - A Flor e o Espinho - Nelson Cavaquinho

Dona de um dos versos mais acachapantes da música brasileira ("tire seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor"), a música consegue misturar amor, morte e desilusão com poesia e sem escorregões. Quem quiser falar de amor tem que beber na fonte desse samba. Ouça "A Flor e o Espinho" na voz de seus autores, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito.

90 - 2001 - Os Mutantes

Conta Tom Zé que escreveu essa, mas não conseguiu definir um arranjo. Desistiu da música. Então um dia o empresário Guilherme Araújo apareceu com um cassete identificado como "2001" - era o arranjo em que Rita Lee tinha chegado à ideia de juntar space rock com música caipira. A junção da letra de Tom Zé e da melodia dos Mutantes foi apresentada no IV Festival de MPB (1968).



quinta-feira, 27 de maio de 2010

100 Maiores Músicas Brasileira - Vol.10



91 - Felicidade - Caetano Veloso
É difícil encontrar quem não conheça essa toada triste e gentil. Canção de feitio rural que não escapa à regra de idealizar a vida no campo, "Felicidade" não tem a carga de violência poética da fração mais celebrada da obra de Lupicínio, os catárticos sambas vingativos. Sucesso na voz do Quitandinha Serenaders em 1947, "Felicidade" foi reapresentada ao Brasil por Caetano Veloso em 1974.

92 - Tico Tico no Fubá - Ademilde Fonseca
A obra de Zequinha de Abreu foi apresentada pela primeira vez em 1917. Na década de 1940, atingiu o auge da popularidade. Muito contribuiu a internacionalização da música, capitaneada pelo cinema norte-americano, que a usou em cinco filmes - inclusive, em Copacabana (1947), em que foi eternizada por Carmen Miranda. Sua versão de maior sucesso é de 1942, com Ademilde Fonseca.

93 - Casa no Campo - Elis Regina
A sensível canção nasceu em 1971 durante uma viagem de ônibus entre Brasília e Goiânia, numa turnê em que o grupo Som Imaginário acompanhava Gal Costa. Ao observar a paisagem, Zé Rodrix teve a inspiração e escreveu a letra. Mostrou os versos a Tavito, que os musicou assim que chegaram ao hotel. Em 1972, foi gravada por Elis Regina e se transformou em clássico.

94 - O Mar - Dorival Caymmi
Nenhum outro compositor da música brasileira retratou tão bem o mar como Dorival Caymmi. Dentre suas canções praieiras, essa, original de 1940, é certamente um dos maiores clássicos e foi gravada, inclusive, em outros idiomas por intérpretes do mundo todo. A vastidão das águas foi a maior inspiração de Caymmi, desde a sua infância: "O mar me acalmou, o mar me trouxe alegrias, o mar me trouxe medo, o mar me mostrou o gosto do mistério", dizia.

95 - Último Desejo - Aracy de Almeida
O marcante samba-canção "Último Desejo", do carioca Noel Rosa, foi gravado em julho de 1937 por Aracy de Almeida, conterrânea e intérprete predileta do autor. A gravação, ocorrida nos estúdios da Victor, contou com acompanhamento do conjunto musical Boêmios da Cidade, que tinha entre os seus integrantes o flautista Benedito Lacerda, o preferido de Pixinguinha. O lançamento foi em agosto de 1938.

96 - Disritmia - Martinho da Vila
Qual era a chance de uma música com a palavra "transfundir" em sua letra tornar-se um clássico da MPB? Só uma pérola como "Disritmia" foi capaz de tal proeza. Biscoito fino da malandragem, Picaretagem e poesia, "Disritmia" é melhor depois de um terceiro copo. A versão que o autor, Martinho, fez em 1974 é clássica e foi lançada no LP Canta Canta, Minha Gente. Zeca Baleiro e Ney Matogrosso também gravaram.

97 - Você Não Soube me Amar - Blitz
"Um conjunto jovem com muito bom humor." Foi assim que o Fantástico apresentou o clipe do maior sucesso da Blitz, em 1982. Tudo fazia sentido: a música estava ligada à atitude e à imagem da banda. E a faixa, por si só, já era um fenômeno: 250 mil cópias do compacto foram vendidas, o que levou ao lançamento do primeiro álbum dos cariocas.

98 - A Noite de Meu Bem - Dolores Duran
o samba - canção " a Noite de Meu Bem" é a música mais famosa da carioca Dolores Duran e a que mais caracteriza seu estilo "dor-de-cotovelo". Cantora de sucesso num país que não tem tradição de mulheres no campo da composição, Dolores obteve maior prestígio como compositora após sua prematura morte, aos 29 anos, em 1959 - um mês depois de ter lançado esta música.

99 - Rua Augusta - Ronnie Cord
Os hits do rock brasileiro pré-Jovem Guarda eram, em sua maior parte, versões de canções retiradas do hit parade americano ou italiano. "Rua Augusta", lançada em 1964 por Ronnie Cord, quebrou essa regra. A canção captura o espírito da juventude roqueira do começo dos anos 60, quando a Rua Augusta (SP) era o local mais descolado do Brasil. Também foi gravada pelos Mutantes e por Raul Seixas.

100 - Los Hermanos - Anna Júlia
Quando foi lançada em 1999, era impossível sintonizar uma rádio e não ouvir "Anna Júlia". A levada alegre da canção triste agrada já na primeira audição - e puxou o álbum de estreia do Los Hermanos. Apesar de ser exatamente-roqueira (o beatle George Harrison até regravou o solo de guitarra, em versão do ex-Traffic Jim Capaldi), dominou até o Carnaval naquela época - devidamente convertida em axé music.


Nova Lista - 100 Maiores Músicas Brasileira






Salve Galera!

Terminamos nossa lista dos 100 Maiores Discos da Música Brasileira, que por sinal só tem albuns e artitas phoda, e agora daremos início a uma outra lista da revista Rolling Stones, lançado em sua edição 37 (Out/2009) onde comemoram o 3º aniversário da revista.

Os 100 Maiores Músicas Brasileiras. Serão 10 Volumes com 10 faixas cada.

Então Vamos ao Som!!

01 - Novos Baianos - Acabou Chorare 1972





Obra-prima dos Novos Baianos, Acabou Chorare é o segundo trabalho do grupo – o primeiro foi É Ferro Na Boneca, gravado em 1970, quando o grupo morava em Sã Paulo. Morando no Rio De Janeiro, os músicos tiveram contato com João Gilberto, que teve influência fundamental para os rumos que a banda teria.
O violonista baiano inspirou Os Novos Baianos a relançarem "Brasil Pandeiro" - samba da década de 1940 de Assis Valente, feito para Carmen Miranda cantar. A faixa-título do disco ficou mais de 30 semanas entre as mais tocadas nas rádios brasileiras. O nome "Acabou Chorare" teria sido inspirado em uma história contada por João ao grupo, sobre sua filha Bebel, que costumava misturar o português com o espanhol (que aprendera no tempo em que morou com os pais no México). Em uma ocasião, Bebel abriu um berreiro ao tropeçar e a frase foi dita para consolar o pai que demonstrava preocupação. O sucesso "Preta Pretinha" foi composto sobre versos de Luiz Dias Galvão, feitos para uma moça que ele conhecera em Niterói.
O disco foi re-masterizado e re-lançado em CD no ano de 2004, em comemoração dos 35 anos da gravadora Som Livre, junto com outros 25 clássicos da música brasileira.

Faixas:

01. Brasil Pandeiro
02. Preta Pretinha
03. Tinindo Trincando
04. Swing do Campo Grande
05. Acabou Chorare
06. Mistério do Planeta
07. A Menina Dança
08. Besta é Tu
09. Um Bilhete pra Didi
10. Preta Pretinha

02 - Tropicália ou Panis et Circencis (1968)




Caetano Veloso e Gilberto Gil causaram grande impacto em suas apresentações no III Festival de Música Popular da TV Record, no ano de 1967. Ali, foram lançadas as bases para o Tropicalismo em sua versão musical - um movimento que mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais daquela época, como correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o Rock e o Concretismo). Antes de fins sociais e políticos, a Tropicália foi um movimento nitidamente estético e comportamental.
Em maio de 1968, começaram as gravações do álbum que seria o manifesto musical do movimento, do qual participaram artistas como Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé - além dos poetas Capinan e Torquato Neto e do maestro Rogério Duprat (reponsável pelos arranjos do LP).
A primeira música do álbum é "Miserere Nóbis", de Gil e Capinan. Na seqüência vem "Coração Materno" - canção até então considerada de mau gosto. A faixa-título é interpretada pelo grupo paulista Os Mutantes, com sinais nítidos do conjunto: a psicodelia. "Baby", grande hit deste álbum, foi cantada por Gal Costa.

Faixas:

1. Miserere Nobis (Gilberto Gil - Capinan) 3:44 Intérprete: Gilberto Gil
2. Coração Materno (Vicente Celestino) 4:17 Intérprete: Caetano Veloso
3. Panis et Circencis (Caetano Veloso - Gilberto Gil) 3:35 Intérprete: Os Mutantes
4. Lindonéia (Caetano Veloso) 2:14 Intérprete: Nara Leão
5. Parque Industrial (Tom Zé) 3:16 Intérpretes: Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Os Mutantes
6. Geléia Geral (Gilberto Gil - Torquato Neto) 3:42 Intérprete: Gilberto Gil
7. Baby (Caetano Veloso) 3:31 Intérpretes: Caetano Veloso e Gal Costa
8. Três Caravelas (Las Tres Carabelas) (Algueiro Jr. - Moreau; versão em português: João de Barro) 3:06 Intérpretes: Caetano Veloso e Gilberto Gil
9. Enquanto Seu Lobo Não Vem (Caetano Veloso) 2:31 Intérpretes: Caetano Veloso
10. Mamãe, Coragem (Caetano Veloso - Torquato Neto) 2:30 Intérprete: Gal Costa
11. Bat Macumba (Caetano Veloso - Gilberto Gil) 2:33 Intérprete: Gilberto Gil
12. Hino ao Senhor do Bonfim" (João Antonio Wanderley) 3:39
Intérpretes: Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Os Mutantes

03 - Chico Buarque - Construção (1971)

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"Construção" foi o quinto disco do cantor carioca. Lançado em um dos períodos mais críticos do Regime Militar, o álbum representa uma mudança no trabalho do artista. Se antes Chico harmoniza Bossa Nova com composições veladamente críticas à ditadura brasileira, em "Construção" o cantor mostrou-se mais ousado - como mostra os versos iniciais de "Deus lhe Pague", faixa que abre o LP ("Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir"). Em "Samba de Orly", parceria com Toquinho e Vinicius de Moraes, Chico canta abertamente sobre o exílio - o que fez com que a canção fosse parcialmente censurada. A faixa-título é uma crítica sobre um homem que trabalhou arduamente até sua morte. Não faltaram também o lirismo característico do artista, como demostrado em "Olha Maria" e "Valsinha".


Faixas:

01. Deus lhe Pague
02. Cotidiano

03. Desalento
04. Construção

05. Cordão

06. Olha Maria

07. Samba de Orly

08. Valsinha

09. Minha História (Gesubambino)
10. Acalanto




05 - Secos e Molhados - Secos e Molhados (1973)

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Secos & Molhados foi uma banda brasileira, criada pelo compositor João Ricardo em 1971. Canções do folclore português, como "O Vira", misturadas com a poesia de Cassiano Ricardo, João Apolinário, Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa, entre outros, fizeram do grupo um dos maiores fenômenos musicais do Brasil.

Secos & Molhados é o disco de estreia do grupo homônimo, lançado em 1973. O disco foi um fenômeno em vendas, recebeu dupla certificação de disco de diamante da ABPD.
Neste trabalho, os S&M incorporaram a músicalidade da MPB da época e colocou toques de rock and roll, baião, folk, jazz, pop e rock progressivo que marcara o início de carreira do conjunto. O compositor principal das canções do disco foi João Ricardo. As músicas misturavam poesias e canção, como foi feito em um dos destaque do disco, "Rosa de Hiroshima", que é um poema de Vinícius de Moraes. O disco foi um dos mais influentes da época,auge da censura militar no Brasil. A gravação do disco se deu em seis horas diárias durante quinze dias
A capa do disco, uma fotografia de Antônio Carlos Rodrigues foi eleita a melhor capa de disco do Brasil, segundo a pesquisa encomendada pelo jornal Folha de São Paulo em 2001. A capa trazia a cabeça dos integrantes do grupo à venda em uma mesa juntamente com produtos de vendas de secos e molhados.



Faixas:

1 - Sangue Latino
2 - O Vira
3 - O Patrão Nosso de Cada Dia
4 - Amor
5 - Primaveira nos Dentes
6 - Assim Assado
7 - Mulher Barriguda
8 - El Rey
9 - Rosa de Hiroshima
10 - Prece Cosmica
11 - Rondó Capitão
12 - As Andorinhas
13 - Fala



terça-feira, 30 de março de 2010

06 - Jorge Ben Jor - A Tábua de Esmeralda (1972)




A tábua de esmeralda (tabula smaragdina) é supostamente o local onde estão contidos os mais antigos ensinamentos sobre a alquimia e a pedra filosofal. A tábua de esmeralda é, ainda, um álbum do cantor, compositor e pai do Sambalanço, Jorge Ben Jor, lançado em 1972, um ano após o lançamento de “10 anos depois”, que reunia as melhores faixas lançadas na carreira de Jorge até então.
Já na música de abertura do seu álbum de 1972, o cantor avisa: “Os alquimistas estão chegando”, anunciando a chegada de um álbum jamais visto antes, que tem como intuito fazer homenagens à ciência que deu origem à química como hoje conhecemos, a alquimia, e aos que contribuíram com ela, especialmente Hermes Trismegisto, e a Nicolas Flamel, autor das imagens trazidas na capa do disco.
A sua homenagem a Hermes vem na décima primeira faixa do álbum, intitulada “Hermes Trismegisto e a sua celeste tábua de esmeralda”, onde conta a história da tábua e faz uma síntese perfeita de tudo o que está escrito nela, até mesmo copiando alguns trechos, como em: “O que está embaixo é como o que está no alto,/ e o que está no alto é como o que está embaixo.”
Mas Jorge não podia dedicar seu álbum inteiramente aos alquimistas sabendo que existe um público sedento do seu irreverente suíngue Benjoriano, então dedicou poucas de suas faixas à ciência (vale ressaltar que, apesar de poucas, são preciosíssimas) e nos deu de presente maravilhas como “O homem da gravata florida”, “Menina mulher da pele preta” e a irônica “O namorado da viúva”, que, com a levada gostosa do violão de Ben Jor e os arranjos de uma banda perfeitamente ensaiada, consagraram o álbum como o meu preferido dentre todos os que o carioca já gravou.

Lista de músicas:
1 - Os Alquimistas Estão Chegando (Jorge Ben Jor)
2 - O Homem da Gravata Florida (Jorge Ben Jor)
3 - Errare Humanun Est (Jorge Ben Jor)
4 - Menina Mulher da Pele Preta (Jorge Ben Jor)
5 - Eu Vou Torcer(Jorge Ben Jor)
6 - Magnólia(Jorge Ben Jor)
7 - Minha (Jorge Ben Jor)
8 - Zumbi Teimosia Uma Arma Pra Te Conquistar (Jorge Ben Jor)
9 - Brother (Jorge Ben Jor)
10 - O Namorado da Viúva (Jorge Ben Jor)
11 - Hermes Trismegisto e Sua Celeste Tábua de Esmeralda (Jorge Ben Jor)
12 - Cinco Minutos (Jorge Ben Jor)


07 - Milton Nascimento & Lô Borges - Clube da Esquina (1972)




O Clube Da Esquina foi um movimento musical que nasceu na região das Minas Gerais. Entre suas propostas, estava principalmente a fusão do Regional com o Pop, ou seja, uma espécie de Antropofagismo, como provavelmente gostaria de colocar Oswald De Andrade. De certa maneira, pode-se dizer que isto seria alcançado pelo aproveitamento de elementos da música global daquela época, como o Jazz e o Rock'N Roll, este último representado na época por nomes como os Beatles e os Rolling Stones; e elementos nacionais, como a Bossa Nova.

O movimento se consolida a partir do lançamento do incrível disco homônimo, em1972, creditado a Milton Nascimento e a Lô Borges.
A capa trazia a foto de dois meninos (um negro e um branco), na beira de uma estrada em Nova Friburgo. O disco, até por sua extensão (são 21 composições), consegue representar muito bem o que o próprio movimento propunha: Consegue explorar a diversidade de influências da época, juntando sempre elementos brasileiros e regionais e navegando pela música erudita, pelo rock e pelo Jazz. Algumas canções até manifestam o engajamento político de então, como são exemplos "Cais" e "San Vicente".



Faixas:

1. Tudo que você podia ser (Márcio Borges - Lô Borges)
2. Cais (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
3. O trem azul (Lô Borges - Ronaldo Bastos)
4. Saídas e Bandeiras nº 1 (Milton Nascimento - Fernando Brant)
5. Nuvem cigana (Lô Borges - Ronaldo Bastos)
6. Cravo e canela (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
7. Dos cruces (Carmelo Larrea)
8. Um girassol da cor de seu cabelo (Márcio Borges - Lô Borges)
9. San Vicente (Milton Nascimento - Fernando Brant)
10. Estrelas (Márcio Borges - Lô Borges)
11. Clube da Esquina nº 2 (Lô Borges - Milton Nascimento)
12. Paisagem na janela (Lô Borges - Fernando Brant)
13. Me deixa em paz (Ayrton Amorim - Monsueto)
14. Os povos (Márcio Borges - Milton Nascimento)
15. Saídas e Bandeiras nº 2 (Milton Nascimento - Fernando Brant)
16. Um gôsto de Sol (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
17. Pelo amor de Deus (Milton Nascimento - Fernando Brant)
18. Lilia (Milton Nascimento - Fernando Brant)
19. Trem de doido (Márcio Borges - Lô Borges)
20. Nada será como antes Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
21. Ao que vai nascer (Milton Nascimento - Fernando Brant)



08 - Cartola - Cartola (1976)



Quando trabalhava como servente em uma construção civil, Agenor de Oliveira, com medo dos pedaços de cimento que poderiam eventualmente cair em sua cabeça e grudar nos seus cabelos, usava uma chapéu-côco. Desta feira, foi apelidado pelos companheiros de Cartola, nome que se eternizaria nas páginas da história do samba.

Um dos fundadores da Estação Primeira da Mangueira, que nasceu em 1928 do núcleo do Bloco dos Arengueiros, Cartola é apontado como o responsável pela escolha das cores da escola (verde e rosa). Para aqueles que diziam que as cores não combinavam, ele respondia categórico : "Ora, o verde representa a esperança, o rosa representa o amor, como o amor pode não combinar com a esperança?".

Depois de ser regravado por muitos cantores na década de 30, Cartola saiu de cena, só aparecendo novamente nos anos 50, quando o cronista Sérgio Porto encontrou o velho sambista trabalhando como lavador de carros. De volta a ativa, Cartola ao lado de sua mulher Zica, abriu no Rio de Janeiro o bar do Zicartola, onde o samba era a palavra e a música de ordem.

Mais tarde, somente em 1974, com 65 anos, o sambista lançaria seu primeiro disco, um clássico indiscutível do samba. Novamente pelo selo Discos Marcus Pereira, foi lançado em 1976 o segundo LP de Cartola. Grande sucesso de crítica, o disco teve entre outros sambas "As Rosas Não Falam" e "O Mundo É Um Moinho" (gravação acompanhada ao violão do jovem Guinga) - consideradas obras-primas da música popular -, além de outras composições suas como "Minha", "Sala de Recepção", "Aconteceu", "Sei Chorar", "Cordas de Aço" e "Ensaboa

Reconhecido como um dos maiores discos da história do samba, suas músicas foram gravadas e regravadas posteriormente por inúmeros cantores.




Músicas:
1. O Mundo é um Moinho
2. Minha
3. Sala de Recepção
4. Não Posso Viver Sem Ela
5. Preciso Me Encontrar
6. Peito Vazio
7. Aconteceu
8. As Rosas Não Falam
9. Sei Chorar
10. Ensaboa Mulata
11. Senhora Tentação
12. Cordas de Aço

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

09 - Os Mutantes - Os Mutantes (1968)


Formada no de 1966 em São Paulo por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais), Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais) onde mais tarde passariam a integrar a banda também o baixista Lirinha e o baterista Dinho Leme.


A banda é considerada um dos principais grupos do rock brasileiro, sendo filhos legítimos do Tropicalismo apresentaram com irreverência um som inovador, mesclando o rock and roll com elementos musicais temáticos brasileiros. Com esta receita Os Mutantes trouxeram originalidade para o cenário nacional, graças ao pioneirismo de Arnaldo, Sérgio e Rita.




1. "Panis et Circenses" (Gilberto Gil/Caetano Veloso)
2. "A Minha Menina" (Jorge Ben)
3. "O Relógio" (Os Mutantes)
4. "Adeus Maria Fulô" (Humberto Teixeira/Sivuca)
5. "Baby" (Caetano Veloso)
6. "Senhor F" (Os Mutantes)
7. "Bat Macumba" (Gilberto Gil/Caetano Veloso)
8. "Le Premier Bonheur du Jour" (Jean Renard/Frank Gerald)
9. "Trem Fantasma" (Caetano Veloso/Os Mutantes)
10. "Tempo no Tempo" (John Philips)
11. "Ave Gengis Khan" (Os Mutantes)

10 - Caetano Veloso - Transas (1972)






Gravado em 1971 enquanto Caetano estava exilado em Londres, Transa foi concebido quando o cantor foi convidado pelos militares brasileiros para fazer uma canção nacionalista sobre a rodovia Transamazônica. Lançado no ano seguinte no Brasil, o álbum traz em sua maioria composições em inglês, com arranjos caprichados que viajam entre os ritmos brasileiros ao reggae e ao folk. Destaque para "Nine Out Of Ten", música que Caetano considera uma das suas melhores composições em inglês.

Ficha Técnica
Ano - 1972
Gênero - MPB
Gravadora - Polygram

Faixas
1 - You Don't Know Me
2 - Nine Out Of Ten
3 - Triste Bahia
4 - It's a Long Way
5 - Mora na Filosofia
6 - Neolithic Man
7 - Nostalgia (That's What Rock'n Roll is All About)



11 - Elis & Tom (1964)






Faixas:
1 Águas de Março
2 Pois é
3 Só Tinha de ser com Você
4 Modinha
5 Triste
6 Corcovado
7 O que Tinha de Ser
8 Retrato em Branco e Preto
9 Brigas, Nunca Mais
10 Por Toda a Minha Vida
11 Fotografia
12 Soneto da Separação
13 Chovendo na Roseira
14 Inútil Paisagem



sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

12 - Raul Seixas - Krig-ha, bandolo! (1973)



Este foi o primeiro LP solo de Raul Seixas. "Krig-Ha, Bandolo!" é o grito de guerra do Tarzan e significa "Cuidado, aí vem o inimigo!".
Gravado em 1973, o álbum traz os primeiros frutos da parceria de Raul com Paulo Coelho, como por exemplo as faixas "Al Capone", "Cachorro Urubu" e "A Hora do Trem Passar". Mas, sem dúvida, as músicas que fizeram sucesso e o fizeram conhecido por todo o Brasil foram aquelas compostas somente por Raulzito, como "Ouro de Tolo e "Metamorfose Ambulante".

  1. "Introdução" (Raul Seixas, aos 9 anos, cantando "Good Rockin' Tonight")
  2. "Mosca na Sopa" - (Raul Seixas)
  3. "Metamorfose Ambulante" - (Raul Seixas)
  4. "Dentadura Postiça" - (Raul Seixas)
  5. "As Minas do Rei Salomão" - (Raul Seixas / Paulo Coelho)
  6. "A Hora do Trem Passar" - (Raul Seixas / Paulo Coelho)
  7. "Al Capone" - (Raul Seixas / Paulo Coelho)
  8. "How Could I Know" - (Raul Seixas)
  9. "Rockixe" - (Raul Seixas / Paulo Coelho)
  10. "Cachorro Urubu" - (Raul Seixas / Paulo Coelho)
  11. "Ouro de Tolo" - (Raul Seixas)



13 - Chico Science - Da Lama Ao Caos (1994)




Com vocês os criadores do último grande movimento da música brasileira o 'Manguebeat', movimento nascido nos mangues de Recife. Único bioma apresentado nos cinco continentes e conhecido como berçário de varias espécies devido a oferta de alimentos.

O mangue também é responsável pela principal atividade económica da periferia da capital pernabucana. Ilustrado por uma antena parabólica fincada na lama o maguebeat mistura rock, maracatu, funk, rap, com consciência de preservação dos lamaçais e inclusão cultural.

Antigamente os mangues eram habitados por tribos indígenas, com tempo vieram os Kilombos e por fim as favelas composta pela maiorias de negros. O disco traz canções de alto teor social num rítmo diferenciado, exaltando personagens da cultura nordestina e a necessidade de preservação dos manguesais.

A banda tinha nos vocais Chico Science um dos criadores do manifesto caranqueijos com cérebro junto com a banda Mundo Livre/SA. Baixem a vontade este marco da cultura afro brasileira que representa em forma de música a história e as obrigações de um povo em relação ao ambiente que o cerca.



1-Monólogo ao Pé do ouvido
2-Banditismo por uma questão de classe
3-Rios pontes e overdrives
4-A cidade
5-A Praiera
7-Samba Makossa
8-Da lama aos caos
9-Maracatu de tiro certeiro
10-Salustiano song
11-Atene-se
12-Risoflora
13-Computadores fazem arte
14-Côco Dub


14 - Racionais Mc's - Sobrevivendo No Inferno (1998)


O ano de 1997 já estava chegando ao final. São Paulo e o Brasil ainda amargavam títulos como o terceiro maior índice de homicídios das Américas e uma taxa de desemprego entre jovens da periferia que passava dos 30%.

Um habitante do bairro paulistano do Capão Redondo chegava a ter 12 vezes mais chances de ser assassinado do que um morador de outra parte da cidade. Um cenário não muito diferente do que já existia há um bom tempo, mas, em novembro daquele ano, pessoas distantes desse universo se dirigiram para o lado mais concreto desses números.

A razão disso está, quase literalmente, numa explosão: de uma hora para outra, milhões se voltaram para um registro chamado "Sobrevivendo no inferno", dos Racionais MC's.

Já fazia quase dez anos que o maior nome do hip hop no Brasil existia. Esse já era o terceiro disco da carreira, e o grupo, idolatrado na periferia de São Paulo há alguns anos, mas, de repente, mídia, acadêmicos, músicos, gente bem-nascida e desavisados descobriram o que Mano Brown, Edy Rock, Ice Blue e KL Jay tinham para dizer.


Foi preciso o fenômeno de 200 mil discos vendidos em apenas um mês (um número que mais tarde ultrapassaria a barreira de 1 milhão) para ganharem evidência as letras sobre a rotina de violência em bairros pobres da zona sul de São Paulo, vinda da polícia ou do caminho do crime escolhido por alguns jovens dessa região.
Não havia uma embalagem bem-feita ou faixas que trariam conforto e alegria ao ouvinte, com intuito de arranjar um espaço no mercado musical de então. A capa, o título e os climas das músicas mostravam um relato sombrio da vida na periferia paulistana.

A música, no entanto, que fisgou quem ainda não tinha parado para escutar os Racionais foi "Diário de um detento". Co-escrita por Josemir Prado, o Jocenir, um ex-detento do Complexo do Carandiru, a faixa conta os dias que antecederam e o próprio momento do massacre dos 111 presos, na época completados cinco anos do ocorrido, sem deixar espaço para o evento entrar em processo de esquecimento. Jocenir depois escreveria um livro sobre a experiência na cadeia.


A base climática e o clima de suspense por trás da narração de Mano Brown em mais de sete minutos de música se tornaram onipresentes em boa parte de 1998 (quando o disco realmente estourou).
Mesmo com o sucesso no "mainstream", a periferia abraçou ainda mais os Racionais, e a coisa mais comum era um carro passar com "Diário de um detento" no último volume.



Faixas:

01 - Jorge Da Capadócia
02 - Gênesis (Intro)
03 - Capítulo 4, Versículo 3
04 - To Ouvindo Alguém Me Chamar
05 - Rapaz Comum
06 - ...
07 - Diário De Um Detento
08 - Periferia É Periferia
09 - Qual Mentira Vou Acreditar
10 - Mágico De Oz
11 - Fórmula Mágica Da Paz
12 - Salve

15 - Jorge Ben - Samba Esquema Novo (1963)



Samba Esquema Novo é um clássico da música brasileira, que reflete em suas músicas seu sugestivo título. Jorge Ben de fato criou um novo esquema para o samba e deu ao ritmo brasileiro uma nova roupagem, inovadora, e que se tornou característica da música deste carioca de Madureira, criado no Catumbi.

Logo na primeira faixa, Jorge se apresenta com um sonoro "mas que nada, sai da minha frente que eu quero passar". E daí para frente, do início ao fim, só pérola.



Faixas:

01 - mas, que nada!
02 - tim, dom, dom
03 - balanca pema
04 - vem, morena, vem
05 - chove, chuva
06 - e so sambar
07 - rosa, menina rosa
08 - quero esquecer voce
09 - uala, ualala
10 - a tamba
11 - menina bonita nao chora
12 - por causa de voce, menina


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

16 - Rita Lee & Tutti Frutti - Fruto Proibido (1975)




Sem Lenço, sem documento e depois de algumas formações e tentativas, em 1973 Rita Lee ao lado dos irmãos Luiz e Carlos Carlini, formaram o Tutti Frutti.

"Fruto Proibido" é o segundo álbum lançado em 1975 por Rita Lee & Tutti Frutti, nada a ver com o som climático e exageradamente elaborado que os mutantes estavam fazendo, e que lhes levaram ao fracasso comercial.

Ao contrário "Fruto Proibido" é um disco clássico do rock nacional, com rock simples sem ser simplista e direto sem ser grudento, trouxe músicas como “Agora Só Falta Você” e “Esse Tal de Roque Enrow” (letra excelente de Paulo Coelho), porém o grande sucesso do disco foi a balada “Ovelha Negra”, autêntico manifesto da geração dos inícios dos anos 70.

Este é um dos poucos discos de rock brasileiro em que TODAS as faixas são muito boas, para não dizer excelentes, não atente apenas para os hits conhecidos. Atenção para faixas como "Fruto Proibido" e "Pirataria", pouco comentadas mas com uma pegada de rock poucas vezes vistas na carreira da cantora e do rock nacional.

À época, o LP vendeu 200 mil cópias, recorde de vendas para um disco de rock brasileiro. O LP foi eleito pela revista Rolling Stone como o 16º melhor disco brasileiro de todos os tempos. Imperdível!


1. Dançar Pra Não Dançar
(Rita Lee)
2. Agora Só Falta Você
(Rita Lee / Luis Carlini)
3. Cartão Postal
(Rita Lee / Paulo Coelho)
4. Fruto Proibido
(Rita Lee)
5. Esse Tal de Roque Enrow
(Rita Lee / Paulo Coelho)
6. O Toque
(Rita Lee / Paulo Coelho)
7. Pirataria
(Rita Lee / Lee Marcucci)
8. Luz Del Fuego
(Rita Lee)
9. Ovelha Negra
(Rita Lee)


Produtor: Andy Mills
Assistente de Produção: Otávio Augusto
Técnicos de gravação: Flávio Agusto e Luis Carlos Baptista
Técnico de Mixagem: Luis Carlos Baptista
Gravado no Estúdio Eldorado - São Paulo - Abril 75
Arranjos: Rita Lee & Tutti-Frutti
Arranjos vocais: Rita Lee
Guitarras: solo/base/slide/violão acústico/gaita/vocal em: "Agora Só Falta Você": Luis Sérgio Carlini
Contra-Baixo/Cowbell: Lee Marcucci
Bateria/Percussão: Franklin Paolillo
Piano/Clavinet: Guilherme S. Bueno
Violão Acúsctico/Synthetizer: Rita Lee
Vocais: Rubens e Gilberto Nardo
Arte: Kelio
Foto: Meca

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

18 - Chico Science & Nação Zumbi - Afrociberdelia (1996)



Um manifesto da razão, do conhecimento humano, da tolerância e da antropofagia cultural. Isso é Afrociberdelia, segundo disco de Chico Science & Nação Zumbi, que veio em 1996 expandir as fronteiras do movimento mangue de Recife, dando o choque definitivo que salvaria a cidade do infarto iminente.
Chico Science & Nação Zumbi veio de Olinda, Pernambuco, trazendo as mais puras influências nordestinas como Maracatu, Frevo misturada com música eletrônica, Post-Punk, rock alternativo, e tudo o mais. A mistura cria algo único e 100% original. Em meados da década de 90, Chico Science & Nação Zumbi com seu primeiro album "Da Lama Ao Caos" ganhou grande atenção da mídia nacional, e se tornou sucesso de críticas, e com seu sucessor, o aqui postado Afrociberdelia, alcançam sucesso internacional, fazem bem sucedidas turnês pelos Estado Unidos e Europa, porém em 1997 ocorre uma fatalidade, Chico Science falece em um acidente de carro.
Vale apena citar que eles são uma das grandes influências que o Sepultura assumiu no album Roots, o que é até óbvio levando em conta todas as percurssões contidas no album, que é uma das marcas registradas da Nação Zumbi. De qualquer forma, quem gosta de música brasileira, é uma das misturas mais geniais ja feitas e simplesmente obrigatória.


Faixas:

01. Mateus Enter
02. O Cidadão do Mundo
03. Etnia
04. Quilombo Groove
05. Macô
06. Um Passeio no Mundo Livre
07. Samba do lado
08. Maracatu Atômico
09. O Encontro de Issac Asimov com Santos Dumont no Céu
10. Corpo de Lam
11. Sobremesa
12. Manguetown
13. Um Satélite na Cabeça
14. Baião Ambiental
15. Sangue de Bairro
16. Enquanto o Mundo Explode
17. Interlude Zumbi
18. Criança de Domingo
19. Amor de Muito
20. Samidarish
21. Maracatu Atômico (Atomic Version)
22. Maracatu Atômico (Ragga Mix)
23. Maracatu Atômico (Trip Hop)


19 - Titãs - Cabeça Dinossauro (1986)

Cabeça Dinossauro é o terceiro álbum de estúdio da banda brasileira de rock Titãs, lançado em junho de 1986. A capa foi baseada em um esboço do pintor italiano Leonardo Da Vinci, intitulado A expressão de um homem urrando. Um outro desenho de Da Vinci, Cabeça grotesca, foi para a contracapa do disco. As músicas faziam a gente se sentir seres pensantes, críticos e agentes modificadores de uma sociedade que há pouco se desvensilhava da ditadura militar e também a enxergar o que havia de pior em nós, além de questionar todos os setores da vida comum: a Igreja, a Política, a Polícia, a Violência, a Família, o Capitalismo.
Para mim, o “Cabeça Dinossauro” é um dos discos mais representativos do rock brasileiro.

Músicas:

1-Cabeça de Dinossauro
2-AA UU
3-Igreja
4-Polícia
5-Estado e Violência
6-A face do destruidor
7-Porrada
8-Tô cansado
9-Bichos escrotos
10-Família
11-Homem Primata
12-Dividas
13- O Que


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

20 - Gal - A Todo Vapor (1971)




Sob a direção de Roberto Menescal, Gal Costa estrelaria "Fatal", uma série de concertos que realizou no Teatro Tereza Raquel, no Rio de Janeiro. A turnê foi considerada pela crítica como um marco na sua carreira. O resultado destas apresentações foi compliado em um álbum duplo, que traz até ruídos e falhas do improviso. No repertório da cantora, uma miscelânea de canções que passa desde a tradição de Ismael Silva e o folclore baiano a vanguarda de Caetano Veloso e Jorge Ben. Detaques para as interpretações de "Pérola Negra" (do então novato Luiz Melodia), "Vapor Barato" (de Jards Macalé e Waly Salomão), "Como Dois e Dois" (de Caetano) e "Sua Estupidez" (de Roberto e Erasmo Carlos).


1 Fruta Gogóia – Gal Costa – (Folclore) (0:40)
2 Charles Anjo 45 – Gal Costa – (Jorge Benjor) (0:26)
3 Como 2 E 2 – Gal Costa – (Caetano Veloso) (2:45)
4 Coração Vagabundo – Gal Costa – (Caetano Veloso) (3:44)
5 Falsa Baiana – Gal Costa – (Geraldo Pereira) (5:34)
6 Antonico – Gal Costa – (Ismael Silva) (4:46)
7 Sua Estupidez – Gal Costa – (Roberto Carlos & Erasmo Carlos) (4:02)
8 Fruta Gogóia – Gal Costa – (Folclore) (1:06)
9 Vapor Barato – Gal Costa – (Jards Macalé & Wally Salomão) (8:37)
10 Dê Um Rolê – Gal Costa – (Moraes Moreira & Galvão) (4:05)
11 Pérola Negra – Gal Costa – (Luiz Melodia) (4:44)
12 Mal Secreto – Gal Costa – (Wally Salomão & Jards Macalé) (5:02)
13 Como 2 E 2 – Gal Costa – (Caetano Veloso) (4:32)
14 Hotel Das Estrelas – Gal Costa – (Jards Macalé & Duda) (4:30)
15 Assum Preto – Gal Costa – (Luiz Gonzaga) (3:49)
16 Bota A Mão Nas Cadeiras – Gal Costa – (Folclore) (1:09)
17 Maria Bêthania – Gal Costa – (Caetano Veloso) (0:44)
18 Não Se Esqueça De Mim – Gal Costa – (Caetano Veloso) (1:59)
19 Luz Do Sol – Gal Costa – (Carlos Pinto & Wally Salomão) (5:22)


21 - Legião Urbana - Dois (1986)



Dois é o segundo álbum da banda brasileira de rock Legião Urbana, lançado em julho de 1986. O sucesso do álbum anterior fez com que Renato Russo cogitasse fazer o segundo álbum como duplo. A gravadora, porém, não se entusiasmou com a idéia, e o álbum acabou sendo simples. Mesmo assim, acabou responsável pela maior quantidade de vendas da história da Legião Urbana, alavancado pelo sucesso de "Eduardo e Mônica", uma faixa que era considerada difícil, por não ter um refrão. O álbum vendeu mais de 2 milhões de cópias.

  1. "Daniel na Cova dos Leões" (Renato Russo/Renato Rocha) – 4:04
  2. "Quase Sem Querer" (Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Renato Rocha) – 4:42
  3. "Acrilic on Canvas" (Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Renato Rocha/Marcelo Bonfá) – 4:43
  4. "Eduardo e Mônica" (Renato Russo) – 4:31
  5. "Central do Brasil" (Renato Russo) – 1:34
  6. "Tempo Perdido" (Renato Russo) – 5:03
  7. "Metrópole" (Renato Russo) – 2:42
  8. "Plantas Embaixo do Aquário"(Dado/Renato Russo/Renato Rocha/Marcelo Bonfá) – 2:53
  9. "Música Urbana 2" (Renato Russo) – 2:40
  10. "Andrea Doria" (Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá) – 4:53
  11. "Fábrica" (Renato Russo) – 4:55
  12. ""Índios"" (Renato Russo) – 4:17
  13. "Química" (Renato Russo) - 2:13