GREAT HITS LIST

Boas !!!

O GREAT HITS LIST foi criado para pessoas que gostam das boas musicas e grandes Hits.

Criado pelo MISTER que comanda o FILE DO SOM,o Great Hits List surgiu com a idéia de reunir as maiores seleções musicais de todos os tempos em um só local.

Listas como as 500 musicas da Revista Roling Stone, os mais importantes Lps e Cds da Musica Brasileira, as 500 mais da Country Music Television, as 100 Maiores Musicas Romanticas e por vai.

Num mesmo endereço, varios GREAT HITS LIST, essa é nossa proposta !!!

Se você tem um sugestão ou crítica mande um e-mail no link ao lado em "Contato"

Vamos as Musicas !!!

Mister Music

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

22 - Os Mutantes - A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado [1970]


Lançado em 1970 em LP, mas reeditado em CD em 1992 e lançado nos EUA pela Omplatten Records. A capa do LP traz uma reprodução de uma ilustração do Inferno de Dante (uma parte de A Divina Comédia, de Dante Alighieri), encenada pelos três membros da banda e feita no jardim da casa dos irmãos Baptista.

'Ando Meio Desligado' foi a 75ª mais tocada no Brasil em 1970


Faixas:

01. Ando meio desligado
02. Quem tem medo de brincar de amor
03. Ave Lúcifer
04. Desculpe, baby
05. Meu refrigerador não funciona
06. Hey boy
07. Preciso urgentemente encontrar um amigo
08. Chão de estrelas
09. Jogo de calçada
10. Haleluia
11. Oh! Mulher infiel



Ficha Técnica:

Arnaldo Baptista: teclados, baixo e voz
Rita Lee: voz, percussão e efeitos
Sérgio Dias: guitarras, baixo e voz

Produzido por Armaldo Saccomani
Arranjos: Mutantes e Rogério Duprat
Técnico de som: João Kibelskis
Estúdio Skatena - SP
Gravado originalmente em 4 canais

Participações especiais:

Ronaldo P. Leme (Dinho): bateria
Raphael Vilardi: backing vocals em "Hey boy" e violão em "Chão de estrelas"
Arnolpho Lima Filho (Liminha): baixo em "Hey boy", "Quem tem medo de brincar de amor", "Desculpe, babe" e "Preciso urgentemente encontrar um amigo"
Naná Vasconcelos: conga em "Ando meio desligado" e "Desculpe, babe"


23 - Moacir Santos - Coisas (1965)




Segue abaixo a resenha escrita por Ruy Castro para o Estado de São Paulo, em 27/08/2004.

Coisas é o primeiro disco do compositor, arranjador, maestro e instrumentista Moacir Santos, de 1965 – dez faixas intituladas simplesmente Coisas (numeradas de 1 a 10, mas fora de ordem), embora algumas tenham recebido letra e títulos com que circularam fora do disco (Coisa n.º 5, por exemplo, ficou conhecida no mundo profano como "Nanã" e, por muitos anos, rendeu um providencial dinheiro a seu letrista Mario Telles). Coisas só agora volta ao lugar de onde nunca deveria ter ficado ausente: as prateleiras das lojas. E volta com uma força, uma originalidade e uma beleza que, se se disser que foi gravado ontem, ninguém terá razão para duvidar. Mas é claro que ele vem de outros tempos, de outro mundo, outro país – um país também chamado Brasil, mas onde havia uma indústria, dita fonográfica, que estranhamente trabalhava com música.
Esses 39 anos de sumiço dizem muito sobre as cabeças que presidem nossas gravadoras. Coisas foi produzido originalmente pela Forma, o pequeno e corajoso selo que o produtor carioca Roberto Quartin conseguiu sustentar durante três anos na década de 60. A Forma era uma espécie de Elenco, só que ainda mais atrevida e experimental. Vencido pelo mercado, Quartin vendeu as matrizes de seu catálogo (18 formidáveis LPs) para a então Philips, que depois se tornou a Polygram e hoje é a Universal. A poderosa compradora contentou-se em ser apenas a dona da Forma: sentou-se em cima, não fez nada com os discos e, até outro dia, não deixou que ninguém fizesse. O próprio Quartin levou as décadas seguintes tentando convencê-la a repor em circulação o catálogo completo, do qual Coisas era a jóia da coroa – sem sucesso.

Foi o último e o melhor disco de "samba-jazz" feito no Brasil daquela época: uma obra-prima de música instrumental, com raízes ardentemente brasileiras e uma certa tintura jungle, ellingtoniana, que parece brotar dessas mesmas raízes. Seria fácil dizer que, em tais raízes, está a música ancestral negra. E deve estar mesmo – mas não só: Moacir era e é um músico completo, que se abeberou de toda a tradição clássica européia, apenas fazendo-a curvar-se à sua orgulhosa negritude. (Foi o primeiro maestro negro da Rádio Nacional, furando a hegemonia – benigna – dos mestres Radamés Gnatalli, Leo Peracchi e Lyrio Panicalli.) E Coisas é o epítome da sofisticação e da modernidade que impregnavam alguns criadores daquela fase, empenhados em buscar nos ritmos populares do Nordeste e dos morros do Rio as bases para uma revitalização da música brasileira. Coisa n.º 6, por exemplo, que soa como um baião de quermesse, tornou-se "Dia de Festa" ao ganhar letra de Geraldo Vandré e foi gravado pelo mesmo Vandré. Nas outras faixas, misturados a improvisações jazzísticas, riffs e ataques de big band, há ecos de xaxado, coco e maracutu.

Mas, alto lá: com Moacir (assim como em Baden Powell), não tinha essa demagogia de recolher folclore – a música saída "do povo" era apenas uma plataforma para toda espécie de pesquisa melódica, harmônica ou rítmica. A prova está logo de saída, na primeira faixa (Coisa n.º 4), em que o sax-barítono e o trombone-baixo começam uma marcação pesada e repetitiva que se estende por todo o número e, em contexto mais "primitivo", talvez fosse feita por tambores. Era a África, sem dúvida, mas filtrada pelo Beco das Garrafas, em Copacabana – por mais que isso fosse perigoso politicamente. O texto de capa do LP original, escrito por Quartin e reproduzido no encarte do CD, sentia a necessidade de enfatizar que Moacir Santos não era um músico "de direita" ou "de esquerda", mas apenas um músico, e a música desconhece a política. Era uma preocupação vigente e, hoje, pode parecer primária ou irrelevante. Mas só quem viveu o clima daquele tempo, com o Brasil ainda no começo da ditadura, consegue avaliar a intensidade da patrulha (exigiam-se "tomadas de posição") e o sentimento de culpa que se apossava dos músicos voltados somente para a arte, estigmatizados por não fazerem de cada acorde um comício. Pois aconteceu que Moacir Santos, despolitizado como era, também teve de marchar para uma espécie de auto-exílio nos Estados Unidos. Não porque fosse "alienado" ou "participante", mas pela brusca mudança de rumos na música brasileira a partir do iê-iê-iê, que liquidou com a possibilidade de sobrevivência no Brasil de artistas como ele. A passagem de 1965 para 1966 marcou esse corte – porque, nos três anos anteriores, o próprio Moacir nunca trabalhara tanto e estivera presente, como arranjador ou compositor, em alguns dos melhores discos lançados no país. Apenas em 1963 eram dele os arranjos de Vinicius & Odette Lara, que foi o LP n.º 1 da Elenco; de pelo menos uma faixa (Nanã, em vocalise) de Nara, o disco de estréia de Nara Leão, também na Elenco; de várias faixas de Baden Powell Swings With Jimmy Pratt, idem Elenco, em que Baden toca as Coisas n.º 1 e n.º 2; e de todos os arranjos de Elizete Interpreta Vinicius, lançado pela Copacabana, com quatro de suas canções que levaram letra de Vinicius, entre as quais "Se Você Disser Que Sim" e "Menino Travesso", e com o seu nome em destaque na capa.

Em 1964, Moacir assinou arranjos de Você Ainda Não Ouviu Nada – pelo menos, os de Nanã e Coisa n.º 2 –, o disco de Sergio Mendes & Bossa Rio na Philips que muitos, então, consideraram o melhor do gênero feito no Brasil. Mas, no mesmo ano, esse disco seria superado pelo sensacional Edison Machado É Samba Novo, na CBS, com quatro de seus temas (Se Você Disser Que Sim, Coisa n.º 1, Menino Travesso e o já onipresente Nanã) no repertório e Moacir impregnando todo o disco com o som cheio e noturno de seus arranjos, mesmo nos de autoria do saxofonista J.T. Meirelles. O Brasil era tão outro país que permitia que uma cantora quase desconhecida – Luiza, 22 anos, professora do Colégio São Paulo, em Ipanema –, ao estrear em disco na RCA Victor, tivesse o solicitadíssimo Moacir como arranjador. (O LP, Luiza, não aconteceu, e a excelente cantora, pelo visto, encerrou ali a carreira. Mas é outro legítimo Moacir Santos, à espera de que o relancem em CD.) Nos intervalos, Moacir compôs também a música para filmes com que o cinema brasileiro ("novo" ou não) tentava atingir a maioridade: Seara Vermelha, do italiano Alberto D'Aversa (1963), e Ganga Zumba, de Carlos Diegues, Os Fuzis, de Ruy Guerra, e O Beijo, de Flavio Tambellini, todos de 1964, nos quais nasceram várias Coisas. Tudo isto, na verdade, era uma preparação para o Coisas propriamente dito – que, ao ser finalmente lançado, em 1965, logo teria de enfrentar uma atmosfera adversa à sua proposta. A Forma afundou, o disco desapareceu e, pelas quatro décadas seguintes, o LP só reapareceria ocasionalmente nos sebos – até também sumir deles e se tornar uma preciosidade de US$ 200 no mercado internacional.

O que aconteceria se a lição de Coisas (e de outros discos de seu estilo) tivesse sido disseminada em 1965? Tudo é especulação, mas é provável que a música instrumental moderna brasileira não conhecesse a penúria que atravessou nas décadas seguintes. O próprio Coisas era uma continuação das experiências nos discos menos dançantes das orquestras de Severino Araújo e Zaccarias, escolados nas gafieiras cariocas dos anos 40 e 50. Deve-se citar também o desaparecimento das orquestras de rádio, TV, boates e as das próprias gravadoras como fator decisivo para o declínio da música instrumental no Brasil – porque foram elas que permitiram a existência de um disco como Coisas. Para Moacir Santos, com 40 anos em 1966, só restava ir embora. E ele foi – para Los Angeles.

A volta do disco pode completar a redescoberta brasileira de Moacir, iniciada em 2001 com o lançamento de Ouro Negro pelos mesmos produtores da nova edição de Coisas: Mario Adnet e Zé Nogueira. Ouro Negro era espetacular – mas Coisas é o produto original, com Moacir em pessoa, não apenas de caneta e batuta na mão, mas armado de seu possante sax-barítono.

Lista das Músicas:

Coisa No. 4
Coisa No. 10
Coisa No. 5
Coisa No. 3
Coisa No. 2
Coisa No. 9
Coisa No. 6
Coisa No. 7
Coisa No. 1
Coisa No. 8


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

25 - Tim Maia - Tim Maia (1970)



Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia (Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942 — Niterói, 15 de março de 1998), foi um cantor e compositor brasileiro. Alcançou o sucesso a partir da década de 1970 e tornou-se um dos mais influentes cantores brasileiros. Morreu vítima de uma infecção generalizada, após a tentativa de um show em condições de saúde debilitada.

Aos oito anos já compunha suas primeiras musicas. Aos 14 anos, formou seu primeiro conjunto musical, Os Tijucanos do Ritmo

Em 1970 gravou seu primeiro LP, "Tim Maia", na Polygram, por indicação da banda "Os Mutantes", que permaneceu em primeiro lugar no Rio de Janeiro por 24 semanas. Neste disco, obteve sucesso com as faixas "Azul da cor do mar", "Coronel Antônio Bento" (Luís Wanderley e João do Vale), "Primavera" (Cassiano) e "Eu Amo Você". Até Elis Regina, reconhecendo o talento de Tim, gravou uma de suas composições em inglês, "These are the songs", no disco "Em pleno verão", de 1970.

1. Coroné Antonio Bento
2. Cristina
3. Jurema
4. Padre Cícero
5. Flamengo
6. Você Fingiu
7. Eu Amo Você
8. Primavera (vai Chuva)
9. Risos
10. Azul da Cor do Mar
11. Cristina Nº 2
12. Tributo a Booker Pittman


26 - Gilberto Gil - Expresso 2222 (1972)

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O nome Expresso 2222 dá-se em homenagem à um trem pego por Gil para sair de sua cidade natal em direção à Salvador. O álbum, lançado em 1972, marca o retorno de Gil ao Brasil após um exílio de três anos em Londres.


01 - Pipoca Moderna
02 - Back In Bahia
03 - O Canto Da Ema
04 - Chiclete Com Banana
05 - Ele E Eu
06 - Sai Do Sereno
07 - Expresso 2222
08 - O Sonho Acabou
09 - Oriente
10 - Cada Macaco No Seu Galho
11 - Vamos Passear No Astral
12 - Está Na Cara, Está Na Cura


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

27 - Ultraje a Rigos - Nós Vamos Invadir a Sua Praia (1985)


Ultraje a Rigor é uma banda brasileira de rock'n'roll, criada no início dos anos 80 em São Paulo. Idealizada por Roger Rocha Moreira (voz e guitarra base), explodiu em 1983 no Brasil devido aos hits "Inútil" e "Mim Quer Tocar". Em 1985 a banda ficou nacionalmente conhecida pelo álbum Nós Vamos Invadir Sua Praia que trouxe o primeiro disco de ouro e platina para o rock nacional, além de receber recentemente o título de melhor álbum brasileiro pela Revista MTV.

A banda é um grande marco no cenário do rock nacional. Sua formação inicial era Roger, Leonardo Galasso (bateria, mais conhecido como Leôspa), Sílvio (baixo) e Edgard Scandurra (guitarra solo). Mal o nome foi adotado, Sílvio saiu para dar lugar a Maurício Defendi. Hoje, apenas Roger, idealizador da banda, continua desde a formação original.



Com o sucesso dos primeiros compactos, Inútil/Mim Quer Tocar e Eu Me Amo/Rebelde Sem Causa, a banda decidiu gravar seu primeiro LP. O título do disco é explicado pelo produtor Pena Schmidt como uma provocação das bandas paulistas aos grupos cariocas, pelo fato de estar chegando uma geração de paulistas fazendo sucesso no Rio de Janeiro, um dos berços do rock nacional dos anos 1980.

Entre as principais canções do disco, estão Zoraide, Ciúme, Independente Futebol Clube (gravada ao vivo), Eu Me Amo, Marylou (com participação especial de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, na guitarra solo) e a faixa-título (com a participação dos cantores Selvagem Big Abreu, membro do grupo João Penca e Seus Miquinhos Amestrados; Lobão, Léo Jaime e Ritchie). Nove das onze faixas do disco estiveram entre as mais tocadas na época. O disco também fez com que os shows do Ultraje quebrassem recordes de público, principalmente no Canecão, no Rio de Janeiro.

Inútil e Mim Quer Tocar, ambas do primeiro compacto, foram regravadas. Eu Me Amo e Rebelde Sem Causa (segundo compacto) foram apenas reincluídas como no original.

O disco foi remasterizado e relançado em CD em 2001, tendo como faixas-bônus as versões originais de Inútil e Mim Quer Tocar, gravadas em 1983, as canções Hino dos Cafajestes e Marylou (versão carnaval) (lançadas no EP Liberdade Para Marylou, em 1986), e a canção Ricota, composição de Edgard Scandurra (guitarrista do Ultraje em 1983, membro do já extinto Ira!), gravada em 1983 para o primeiro compacto e cotada para substituir Inútil, caso esta não fosse liberada pela Censura Federal.


1) Nós vamos invadir sua praia
2) Rebelde sem causa
3) Mim quer tocar
4) Zoraide
5) Ciúme
6) Inútil
7) Marylou
8) Jesse Go
9) Eu me amo
10) Se você sabia
11) Independente Futebol Clube


28 - Roberto Carlos - Roberto Carlos (1971)

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Disco de Roberto Carlos de 1971. Conta com grandes sucessos como Detalhes, Todos Estão Surdos, Debaixo dos Caracois de Seus Cabelos e a música de Caetano Veloso Como Dois e Dois.

1 Detalhes – Roberto Carlos – (Erasmo Carlos & Roberto Carlos) (5:03)
2 Como Dois E Dois – Roberto Carlos – (Caetano Veloso) (3:23)
3 A Namorada – Roberto Carlos – (Maurício Duboc & Carlos Colla) (3:14)
4 Você Não Sabe O Que Vai Perder – Roberto Carlos – (Renato Barros) (2:57)
5 Traumas – Roberto Carlos – (Erasmo Carlos & Roberto Carlos) (4:09)
6 Eu Só Tenho Um Caminho – Roberto Carlos – (Getúlio Cortes) (2:39)
7 Todos Estão Surdos – Roberto Carlos – (Erasmo Carlos & Roberto Carlos) (4:21)
8 Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos – Roberto Carlos – (Erasmo Carlos & Roberto Carlos) (3:47)
9 Se Eu Partir – Roberto Carlos – (Fred Jorge) (3:42)
10 I Love You – Roberto Carlos – (Erasmo Carlos & Roberto Carlos) (2:40)
11 De Tanto Amor – Roberto Carlos – (Erasmo Carlos & Roberto Carlos) (3:23)
12 Amada, Amante – Roberto Carlos – (Erasmo Carlos & Roberto Carlos) (3:56)


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

29 - Baden Powell & Vinícius De Moraes - Os Afro Sambas De Baden e Vinícius (1966)


Pouco antes de morrer, em 2000, Baden confessava que não tocava mais o repertório de Os Afro-sambas. O violonista havia virado evangélico e dizia que alguns dos temas falavam do demônio, de coisas ruins e que por isso haviam sido esquecidos. Uma mudança e tanto em um músico absolutamente talentoso e que havia recebido esse nome em homenagem ao fundador do escotismo.
Desde menino, Baden havia se revelado um instrumentista de técnica apurada e capaz de passar por vários estilos e compositores com assombrosa naturalidade. E foi essa técnica que chamou a atenção de Vinícius quando conheceu o violonista.
O primeiro encontro entre os dois é marcado de lendas e com várias versões. Mas o importante é saber que Vinícius ficou absolutamente seduzido pelo som de Baden e o convidou para formarem uma parceria. Mesmo assustado com o convite, Baden topou e praticamente morou três meses na casa do "Poetinha", onde escreveram várias canções, em 1962. A primeira leva tinha mais de 25 canções, e reza a lenda também, que além da parceria, Vinícius foi o "professor" de Baden em outra arte: a bebida. Regados à uísque, os dois continuaram compondo.
Vinícius estava encantando com o LP Sambas de Roda e Candomblés da Bahia, que havia recebido de presente de Carlos Coqueijo Costa. Baden também ficou impressionado com o disco e, por influência do capoeirista Canjiquinha, começara a freqüentar rodas de capoeiras e ia à terreiros e aprendia mais sobre o candomblé. A idéia de fazer um disco sobre o tema fascinou os dois.


1. Canto de Ossanha
2. Canto de Xangô
3. Bocochê
4. Canto de Iemanjá
5. Tempo de Amor
6. Canto do Caboclo Pedra Preta
7. Tristeza e Solidão
8. Lamento de Exú




30 - Paulinho da Viola - A Dança da Solidão (1972)



Se alguém quiser compreender o Samba, Paulinho da Viola é o ponto de partida. Ele faz a ligação perfeita entre samba e qualquer outro estilo de música brasileira, através da qualidade de suas composições, a interpretação suave, escolha de repertório e tocando seu instrumento perfeito, movendo-se de forma transparente entre as canções e temas instrumentais.

Sua música fala do dia a dia das pessoas com uma poesia toda especial. Gravou músicas falando de ecologia antes do assunto virar moda. Teve várias outras censuradas durante a ditadura militar. Um dos poucos artistas que fazem uma elegia da negritude brasileira. Compôs sambas como "Foi um Rio que Passou em minha Vida" e "Sei Lá, Mangueira" que viraram hinos de escolas de Samba. Paulinho da Viola é um artista único, indubtavelmente um dos maiores nomes da história da MPB. Sua elegância se deve não apenas por seu extraordinário talento e sofisticação musical, como também por sua postura e caráter.

01 - Guardei Minha Viola (Paulinho da Viola)
02 - Meu Mundo É Hoje (Eu Sou Assim) (Wilson Batista / José Batista)
03 - Papelão (Geraldo das Neves)
04 - Duas Horas da Manhã (Nelson Cavaquinho / Ari Monteiro)
05 - Ironia (Paulinho da Viola)
06 - No Pagode do Vavá (Paulinho da Viola)
07 - Dança da Solidão (Paulinho da Viola)
08 - Acontece (Cartola)
09 - Coração Imprudente (Paulinho da Viola / Capinan)
10 - Orgulho (Paulinho da Viola / Capinan)
11 - Falso Moralista (Nelson Sargento)
12 - Passado de Glória (Monarco)



32 - Luiz Melodia - Pérola Negra (1973)



Negro, filho do sambista Oswaldo Melodia, criado no morro São Carlos, divisa com Estácio, Luiz Melodia era o protótipo estético do cantor de samba carioca, daqueles dispostos a reclamar as arguras e cantar a malandragem suburbana do Rio de Janeiro por toda a carreira. Mas Luiz Melodia era ainda mais malandro. Dono de um estilo pouco usual, criativo e original, o artista desceu o morro para encantar a vanguarda artística não-exilada do começo da década de 70, ainda saudosista do encerramento abrupto do tropicalismo.

Luiz Melodia é parte de um time de artistas que transcende as possibilidades pré-determinadas que suas origens possam sugerir. Assim como Tim Maia e Jorge Ben, Melodia aprendeu a criar música universal partindo de um gueto improvável. A música negra suburbana brasileira no Brasil do começo da década de 70 seria tropicalista se o Tropicalismo não dependesse tanto explicitar o referencial teórico. Mais coerente é dizer que não há pérolas tão preciosas quanto nossas pérolas negras.



1 Estácio, eu e você [Luiz Melodia]

2 Vale quanto pesa [Luiz Melodia]
3 Estácio, holly Estácio [Luiz Melodia]
4 Pra aquietar [Luiz Melodia]
5 Abundantemente morte [Luiz Melodia]
6 Pérola negra [Luiz Melodia]
7 Magrelinha [Luiz Melodia]
8 Farrapo humano [Luiz Melodia]
9 Objeto H [Luiz Melodia]
10 Forró de janeiro [Luiz Melodia]






33 - Dorival Caymmi - Caymmi e seu Violão (1959)





01 - Canoeiro (Dorival Caymmi)
02 - A Jangada Voltou Só (Dorival Caymmi)
03 - 2 de Fevereiro (Dorival Caymmi)
04 - É Doce Morrer no Mar (Dorival Caymmi / Jorge Amado)
05 - Coqueiro de Itapoã (Dorival Caymmi)
06 - O Mar (Dorival Caymmi)
07 - O Vento (Dorival Caymmi)
08 - O "Bem" do Mar (Dorival Caymmi)
09 - Quem Vem Pra Beira do Mar (Dorival Caymmi)
10 - A Lenda do Abaeté (Dorival Caymmi)
11 - Promessa de Pescador (Dorival Caymmi)
12 - Noite de Temporal (Dorival Caymmi)



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

34 - Arnaldo Baptista - Loki? (1974)






Ele é certamente o artista mais subestimado de toda a história pop brasileira. Músico brilhante, arranjador, letrista, usina inesgotável de idéias, Arnaldo foi o grande líder dos Mutantes, a banda brasileira mais admirada no exterior e que hoje é vítima de um culto que beira o insuportável. Porém, poucos conhecem ou falam da carreira errática de Arnaldo Baptista. Talvez porque ele tenha enlouquecido verdadeiramente, graças às drogas e às suas idéias nem sempre compreendidas pelos outros (e até por ele mesmo). Mas Arnaldo, em uma vida cheia de acidentes (e alguns quase fatais), compôs uma das mais belas obras inspirada na dor, nos delírios e nas imagens particularíssimas de alguém como ele. Loki? é mais do que um disco estranho e até assustador. É a grande obra-prima de um gênio e certamente o mais importante e brilhante (ainda que ninguém concorde comigo) disco do rock nacional.

1 Será Que Eu Vou Virar Bolo? – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (3:51)
2 Uma Pessoa Só – Arnaldo Baptista – (Mutantes) (4:00)
3 Não Estou Nem Ai – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (3:21)
4 Vou Me Afundar Na Lingerie – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (3:25)
5 Honky Tonky (Patrulha Do Espaço) – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (2:13)
6 Ce Tá Pensando Que Eu Sou Loki? – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (3:24)
7 Desculpe – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (3:11)
8 Navegar De Novo – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (5:32)
9 Te Amo Podes Crer – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (2:53)
10 É Fácil – Arnaldo Baptista – (Arnaldo Baptista) (1:56)





35 - Tom Zé - Estudando o Samba (1976)



Tom Zé, nome artístico de Antônio José Santana Martins ( Irará, 11 de Outubro de 1936) é um compositor, cantor e arranjador Brasileiro.

É considerado uma das figuras mais originais da MPB, tendo participado ativamente do movimento musical conhecido como Tropicália nos anos 60 e se tornado uma voz alternativa influente no cenário musical do Brasil. A partir da década de 90 também passou a gozar de notoriedade internacional, especialmente devido à intervenção do músico britânico David Byrne.

Lançado em 1976, o LP passou despercebido pela crítica nacional. Além da mesma inventividade apresentada em "Todos Os Olhos", seu álbum anterior, "Estudando o Samba" revê o principal gênero músical brasileiro, o samba. Tom Zé convidou o sambista Elton Medeiros para fazer algumas parcerias. Essa obra experimental do cantor baiano acabou por afastá-lo ainda do grande público. O álbum foi redescoberto no final da década de 1980 pelo ex-Talking Head David Byrne. Relançado no mercado internacional em 1990 em uma compilação, o disco foi aclamado pela imprensa internacional - como os jornais norte-americano The New York Times e francês Le Monde - e especializada como a revista norte-americana Rolling Stone. O LP foi eleito em uma lista da versão brasilieira da revista Rolling Stone como o 35º melhor disco brasileiro de todos os tempos.

Faixas:

01 - Mã (Tom Zé)
02 - A Felicidade (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
03 - Toc (Tom Zé)
04 - Tô (Élton Medeiros / Tom Zé)
05 - Vai (Menina Amanhã de Manhã) (Tom Zé / Perna)
06 - Ui (Você Inventa) (Tom Zé / Odair)
07 - Doi (Tom Zé)
08 - Mãe (Mãe Solteira) (Tom Zé / Élton Medeiros)
09 - Hein (Tom Zé / Vicente Barreto)
10 - Só (Solidão) (Tom Zé)
11 - Se (Tom Zé)
12 - Índice (Tom Zé / José Briamonte / Heraldo do Monte)


36 - Elis Regina - Falso Brilhante (1976)



Em 1975, Elis Regina estreou uma temporada solo intitulada Falso Brilhante, no qual lançou a carreira do compositor Antônio Carlos Belchior com a performance de duas canções escritas por ele ("Como Nossos Pais" e "Velha Roupa Colorida"). A temporada foi um sucesso absoluto e tornou-se lendário na história da MPB. Um ano mais tarde, o repertório foi gravado em estúdio e lançado em LP (o vigésimo da discografia oficial da cantora), que foi mais tarde relançado no formato de CD em 1999. Ironicamente, a canção do repertório deu nome ao álbum, "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá", não entrou na lista de faixas do mesmo.

1 Como Nossos Pais – Elis Regina – (Belchior) (4:22)
2 Velha Roupa Colorida – Elis Regina – (Belchior) (4:14)
3 Los Hermanos – Elis Regina – (Atahualpa Yupanqui) (3:37)
4 Um Por Todos – Elis Regina – (João Bosco & Aldir Blanc) (2:25)
5 Fascinação (Fascination) – Elis Regina – (F. D. Marchetti, M. de Feraudy & Armando Louzada) (3:02)
6 Jardins De Infância – Elis Regina – (João Bosco & Aldir Blanc) (2:50)
7 Quero – Elis Regina – (Thomas Roth) (3:45)
8 Gracias A La Vida – Elis Regina – (Violeta Parra) (4:24)
9 O Cavaleiro E Os Moinhos – Elis Regina – (João Bosco & Aldir Blanc) (2:08)
10 Tatuagem – Elis Regina – (Chico Buarque & Ruy Guerra) (4:23)


37 - Caetano Veloso - Caetano Veloso (1968)


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Caetano Veloso é o segundo álbum do cantor Caetano Veloso, sendo seu primeiro álbum solo, gravado em 1967 e lançado em 1968 pela gravadora Phillips. Teve arranjos de Júlio Medaglia, Damiano Cozzella e Sandino Hohagen.

A música Tropicália, primeira faixa deste álbum, daria nome ao próximo álbum lançado por Caetano.




Faixas:

1. Tropicália (Caetano Veloso)
2. Clarice (Caetano Veloso e Capinam)
3. No dia que eu vim-me embora (Caetano Veloso e Gilberto Gil)
4. Alegria, alegria (Caetano Veloso)
5. Onde andarás (Caetano Veloso e Ferreira Gullar)
6. Anunciação (Caetano Veloso e Rogério Duarte)
7. Superbacana (Caetano Veloso)
8. Paisagem útil (Caetano Veloso)
9. Clara (Caetano Veloso)
10. Soy loco por ti América (Gilberto Gil, Capinam e Torquato Neto)
11. Ave Maria (Caetano Veloso)
12. Eles (Caetano Veloso e Gilberto Gil)



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

38 - Banda Black Rio – Maria Fumaça (1977)


A Banda Black Rio foi fundada pelo saxofonista Oberdan Magalhães e pelo trompetista José Carlos Barroso (Barrosinho) em 1976 com repertório fundamentado na música funk misturada com samba, jazz e rítimos brasileiros. A banda gravou cinco discos, que tiveram grande aceitação da crítica internacional. Comparada a grandes bandas de soul e funk a Banda Black Rio desenvolveu a soul music instrumental brasileira e acabou virando objeto de culto nas pistas de dança da Inglaterra em meados dos anos 80. Hoje em dia é um disco raro e um dos mais procurados em sebos e sites de venda de discos na internet. Maria fumaça é um dos discos mais importante da musica popular brasileira do século passado. Uma verdadeira pedrada na cachola.


Faixas:

01. Maria Fumaça

02. Na Baixa do Sapateiro
03. Mr. Funky Samba
04. Caminho da Roça
05. Metalúrgica
06. Baião
07. Casa Forte
08. Leblon Via Vaz Lobo
09. Urubu Malandro
10. Junia
11. Na Baixa do Sapateiro [faixa bônus]
12. Leblon Via Vaz Lobo [faixa bônus]
13. Maria Fumaça [faixa bônus]
14. Baião [faixa bônus]
15. Caminho da Roça [faixa bônus]



39 - Os Paralamas Do Sucesso - Selvagem? (1986)


O álbum contrapunha a "manipulação" desde sua capa (com o irmão de Bi no meio do mato apenas com uma camiseta em torno da cintura), e misturava novas influências, principalmente da MPB. Com sucessos como "Alagados", "A Novidade" (a primeira com participação de Gilberto Gil, e a segunda co-escrita com ele), "Melô do Marinheiro" e "Você" (de Tim Maia), Selvagem? vendeu 700.000 cópias e credenciou os Paralamas a tocar no cultuado Festival de Montreux, em 1987.

Faixas:

01.Alagados
02.Teerã
03.A Novidade
04.Melô do Marinheiro
05.Marujo Dub
06.Selvagem
07.A Dama e o Vagabundo
08.There's a Party
09.O Homem
10.Você
11.Teerã Dub


sábado, 5 de setembro de 2009

40 - Legião Urbana - Legião Urbana (1985)


>Um dos grupos mais importantes do movimento BRock, Legião Urbana surgiu em Brasília, em 1983. Legião foi originada a partir da banda punk Aborto Elétrico, liderados por Renato Russo no final de 1970. O guitarrista Dado Villa-Lobos e o baterista Marcelo Bonfá se juntou ao baixista / vocalista Russo. O baixista Negrete participou de alguns álbuns históricos, tais como "Que País É Esse?", E muitos espectáculos. Na década de 80, eles se tornaram conhecidos fora de Brasília, tocando muito no Rio de Janeiro e estourando com as faixas como "Geração Coca-Cola" e "Ainda É Cedo". O primeiro single saiu em 1985 e contou com "Será", que foi um hit instantâneo. Apartir de então, a banda cresceu continuamente, reunindo inúmeros fãs ao longo dos anos 80 e 90 e, eventualmente, ser considerada como a maior banda de rock no país. A banda lançou oito álbuns antes da morte de Renato Russo, em 1996, com complicações relacionadas à Aids . Russo também teve dois álbuns de sucesso como um ato de solo, um com músicas italianas e outro que foi lançado como homenagem postuma. Após a morte de Renato, reativou uma espécie de mitologia sobre seu nome, transformando-o em um ídolo ainda maior entre os adolescentes que ainda não tinha testemunhado as fases mais populares da Legião Urbana. Alguns dos maiores sucessos do Legião são: "Quase sem Querer", "Eduardo e Mônica", "Faroeste Caboclo", "Pais e Filhos", "Meninos e Meninas" e "Angra dos Reis"


Faixas:

01. Será
02. A Dança
03. Petróleo do Futuro
04. Ainda é Cedo
05. Perdidos no Espaço
06. Geração Coca-Cola
07. O Reggae
08. Baader-Meinhof Blues
09. Soldados
10. Teorema
11. Por Enquanto

41 - Chico Buarque - Meus Caros Amigos (1976)


Meus Caros Amigos é um álbum do músico brasileiro Chico Buarque, de 1976.

O álbum conta com a participação de Milton Nascimento na faixa "O Que Será? (A Flor da Terra)" e traz ainda várias músicas compostas por Chico para peças e filmes.

"Mulheres de Atenas" foi escrita por Chico e Augusto Boal para a peça Lisa, a Mulher Libertadora de Boal. "Vai Trabalhar, Vagabundo" foi composta por Chico para o filme de mesmo nome, do diretor Hugo Carvana. "Passaredo" e "A Noiva da Cidade" foram escritas por Chico e Francis Hime para o filme A Noiva da Cidade de Alex Vianny. "Basta um Dia" foi escrita por Chico para a peça Gota d'Água, de Chico e Paulo Pontes.

Track List

01 - O Que Será (À Flor da Terra) (Chico Buarque) with Milton Nascimento
02 - Mulheres de Atenas (Chico Buarque / Augusto Boal)
03 - Olhos nos Olhos (Chico Buarque)
04 - Você Vai Me Seguir (Chico Buarque / Ruy Guerra)
05 - Vai Trabalhar Vagabundo (Chico Buarque)
06 - Corrente (Chico Buarque)
07 - A Noiva da Cidade (Chico Buarque / Francis Hime)
08 - Passaredo (Chico Buarque / Francis Hime)
09 - Basta Um Dia (Chico Buarque)
10 - Meu Caro Amigo (Chico Buarque / Francis Hime)


sexta-feira, 31 de julho de 2009

42 - Los Hermanos Bloco do Eu Sozinho (2001)






Já a partir do título e da capa, os Los Hermanos não escondem que neste segundo álbum eles querem exacerbar duas das mais marcantes caracteristicas da banda: a melancolia e a declarada fixação no universo carnavalesco. Tanto pior para os fãs que buscam por algum clone de Anna Júlia, sucesso que puxou o disco de estréia do grupo e que se tornou espécie de "fardo dourado" da banda carioca. Bloco do Eu Sozinho é um disco de tons sombrios, e não há muito de Anna Júlia em qualquer uma de suas 14 faixas. O que não significa que a banda tenha mudado radicalmente: só que o lado pierrot desconsolado do quarteto agora dá as cartas
Neste carnaval triste dos Hermanos há algum espaço para experimentos, como na rarefeita e bela Sentimental, na sincopada desconstrução de Cadê Teu Suin-? (e sua letra cheia de brincadeiras fonéticas) ou na letra em francês da aceleradinha Cher Antoine (que também tem um solinho de guitarra a la Weezer). Sobem no coreto com Mais Uma Canção, brincam de reggae jorgebeniano em Retrato Pra Iaiá e se aproximam do samba mais ortodoxo com Assim Será. Mas o que domina o álbum são mesmo as boas melodias pop que dão forma aos relatos de desamor (Fingi Na Hora Rir, Veja Bem Meu Bem, Adeus Você). Um disco legal, que mostra a disposição do grupo de desarmar os (muitos) fãs que compraram o primeiro disco só por causa de uma certa Anna Júlia.

1. Todo Carnaval tem seu fim (Marcelo Camelo)
2. A flor (Rodrigo Amarante - Marcelo Camelo)
3. Retrato pra Iaiá (Rodrigo Amarante - Marcelo Camelo)
4. Assim será (Marcelo Camelo)
5. Casa pré-fabricada (Marcelo Camelo)
6. Cadê teu suin? (Marcelo Camelo)
7. Sentimental (Rodrigo Amarante)
8. Cher Antoine (Rodrigo Amarante - Felipe Abrahão)
9. Deixa estar (Marcelo Camelo)
10. Mais uma canção (Rodrigo Amarante - Marcelo Camelo)
11. Fingi na hora de rir (Marcelo Camelo)
12. Veja bem meu bem (Marcelo Camelo)
13. Tão sozinho (Marcelo Camelo)
14. Adeus você (Marcelo Camelo)


44 - Os Mutantes - Mutantes (1969)


Mutantes é o segundo álbum da banda brasileira de tropicalismo homônima, lançado em 1969. Foi lançado em LP e reeditado em CD no ano de 1992, e lançado nos EUA pela Omplatten Records.



Faixas:
  1. "Dom Quixote" (Arnaldo Baptista/Rita Lee)
  2. "Não Vá Se Perder Por Aí" (Raphael Vilardi/Roberto Loyola)
  3. "Dia 36" (Johny Dandurand/Mutantes)
  4. "2001" (Rita Lee/Tom Zé)
  5. "Algo Mais" (Os Mutantes)
  6. "Fuga nº2" (Os Mutantes)
  7. "Banho de Lua" (B. Filippi/F. Migiacci/Fred Jorge)
  8. "Rita Lee" (Mutantes)
  9. "Mágica" (Mutantes)
  10. "Qualquer Bobagem" (Tom Zé/Mutantes)
  11. "Caminhante Noturno" (Arnaldo Baptista/Rita Lee)